
Para além de qualquer achismo, os fatos a cerca da pandemia são claros. Médicos, cientistas e infectologistas já cansaram de explicar com base em tudo que eles possuem de concreto. Obviamente ninguém gosta de se ver em meio a este momento, no entanto, já que causamos isso, é preciso acima de tudo ter a consciência de até que ponto as atitudes de cada um afetam o outro. Fevereiro foi um dos piores meses desde o inicio da pandemia, em Campinas – SP, por exemplo houve um aumento de mais de 26% no número de mortes e leitos de UTI’s lotados.
E se apesar de todos os esforços de quem faz com seriedade um trabalho de prevenção e contenção, a descrença e ataque à ciência persistem e o que se deve esperar daqueles que continuam na negação?
Em um país onde nem ministro da saúde existe, as crenças em qualquer informação vinda de meios não oficiais, vide a própria boca do presidente da república, acabam ganhando notoriedade quando se generalizam dúvidas e disseminam inverdades. No entanto, quando estamos falando de saúde pública, esse processo torna-se muito perigoso. A sua negação pode ser o decreto de morte do seu parente, de um amigo ou de alguém que você nem mesmo conhece. E sinto-lhe informar, mas o seu negacionismo não te faz um ser humano crítico, muito pelo contrário só o torna um blasfemador com alta capacidade de danos. Enquanto isso, o atual presidente, sendo quem é e tendo as atitudes que tem é só mais um oportunista das fake news que ele mesmo cria, me pergunto até quando deixaremos nos guiar nessa maré de mentiras.